BASSEWITZ, Ernesto Wolfgang Von (Barão)

Natural de Mecklemburg (Alemanha), 15 de ago. de 1868. Diplomou-se em Medicina pela Universidade de Rostock (Alemanha) em 1890. Recebeu o título de Barão do Império Alemão. Chegou no Brasil em 1892, fixando-se primeiramente em São Paulo e transferindo-se em 1894 para o Rio Grande do Sul. Consta que atuou como médico de campanha na Revolução Federalista no RS. Foi médico em várias localidades do RS, entre elas, Alegrete (RS), Santa Vitória do Palmar (RS). Nas primeiras décadas do século XX estabeleceu-se em Porto Alegre (RS). Foi um dos fundadores da Escola Médico Cirúrgica de Porto Alegre (RS), Diretor e Professor de Clínica Dermato-Sifilográfica da Instituição. Atuou também como médico colaborador no Hospital de Caridade Astrogildo de Azevedo em Santa Maria (RS). Interessou-se especialmente pela hanseníase (descrição de caso clínico e proposta de possível via de contágio em artigo publicado em 1905 no Deutscher Mediziniscer Wochenschift), investigou a incidência dessa enfermidade sobre os colonos alemães e seus descendentes. Entre seus trabalhos, destacamos: “O carbúnculo hemático como problema sanitário a resolver no Rio Grande do Sul. In: 1º Congresso Municipal de Saúde Pública, em Rio Grande (RS), 1928”; “Cogitações sobre a necessidade da reorganização dos serviços de higiene e saúde pública do Estado do Rio Grande do Sul. In: 1º Congresso Municipal de Saúde Pública, em Rio Grande (RS), 1928”; “A questão da lepra no Rio Grande do Sul. In: Arquivos Rio-grandenses de Medicina, Porto Alegre, ano 6, nº.1, p.10-12. 1927”. É considerado pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, Seção RS, como o primeiro dermatologista a exercer sua especialidade no estado. Em 20 de abril de 1903, em Porto Alegre (RS), casou-se com Maria da Glória Pavão Cezar Bassewitz, médica formada pela Escola Médico Cirúrgica de Porto Alegre em 1916 e tiveram uma filha, Maria Pavão Cezar Bassewitz (advogada).

ALVES, Gabrielle Werenicz. Políticas de Saúde pública no Rio Grande do Sul: continuidades e transformações na Era Vargas (1928-1945). Dissertação apresentada para obtenção do grau de Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em História da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. 2011, p. 62.

FRANCO, Álvaro; RAMOS, Sinhorinha Maria. Panteão Médico Riograndense: síntese cultural e histórica. São Paulo: Ramos e Franco Editores, 1943. p. 486.

https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/11023/PENNA%2C%20MARCO%20ANTONIO%20DE%20ALMEIDA.pdf?sequence=1&isAllowed=y

GERTZ, René E. Médicos alemães no Rio Grande do Sul, na primeira metade do século XX: integração e conflito. In: História, Ciências, Saúde – Manguinhos, Rio de Janeiro, 2012. Disponível em: http:// www.scielo.br/hcsm.

Subsídios genealógicos IV - Famílias Brasileiras de Origem Germânica. Publicação Conjunta do Instituto Genealógico Brasileiro e do Instituto Hans Standen. São Paulo, 1965, p.12-13. In: martiusstaden.org.br

ZUBARAN, Maria Angélica. Médicos Negros no pós-Abolição: Chagas Carvalho, Arnaldo Dutra e Diógenes Baptista (Porto Alegre, RS). In: MENDONÇA, Joseli Maria Nunes; et al (Org). Pós-Abolição no Sul do Brasil: associativismo e trajetórias negras. Salvador : Sagga, 2020, p.129.

https://sbdrs.org.br/sbdrs/historia-da-dermatologia-gaucha/