SANTOS, Carlos Candal dos

Natural de Cruz Alta (RS), 27 de setembro de 1914. Filho de Ormuz Jardim dos Santos e Celina Candal dos Santos. Fez o curso primário em Cruz Alta (RS) e transferido para Santa Maria (RS), onde concluiu o curso médio. Diplomou-se pela Faculdade de Medicina da Universidade de Porto Alegre, em 1936. Foi nomeado Assistente de Ensino da cátedra de Patologia Geral em 1938 da Faculdade de Medicina de Porto Alegre. Em 1940, foi aprovado no concurso de docência-livre de Patologia Geral. De 1958 a 1959, foi professor substituto e, em 27.07.1959, assumiu interinamente a cátedra desta disciplina. Em 1967, foi sucessivamente promovido a Professor Adjunto e Professor Titular de Patologia Geral. Trabalhou como médico-assistente na Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, nos serviços do Professor Eduardo Sarmento Leite da Fonseca e do Professor Antonio Saint Pastous de Freitas. Atuou em diversos serviços universitários de análises clínicas, sempre em cargos de chefia. Foi sócio fundador dos Laboratórios Especiais Reunidos, em 1949. Um ano após, organizou e chefiou o Laboratório de Análises Clínicas do hoje extinto Instituto de Aposentadoria e Pensão dos Industriários (IAPI). Foi atuante também em órgãos de associação de classe, durante a segunda metade da década de 50. Foi eleito, em 1957, Presidente da Comissão de Defesa de Classe da AMRIGS, entre diversas outras atividades que desenvolveu dentro desta entidade. Dentro da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, trabalhou em diversas funções administrativas, em que destacou-se por sua presença durante a gestão do vice-reitor Ivo Wolf, quando da elaboração e aprovação do Estatuto do Magistério Superior. Neste período, em 1966, viajou a Brasília, em comissão chefiada pelo vice-reitor, para discutir os vetos opostos ao projeto do Estatuto pelo então Presidente da República, Marechal Castello Branco. Chegou a direção da Faculdade de Medicina em 1977. A partir da segunda metade da década de 60, dedicou-se à divulgação da Cibernética e Teoria Geral dos Sistemas, inclusive introduzindo o tema dentro do âmbito universitário onde atuava. Autor de matéria original, a “Teoria Geral do Biocampo”, em 1963, criou e organizou o Grupo de Estudos Cibernéticos, junto à cátedra de Patologia Geral, foi pioneiro no país e talvez na América Latina. Vice-presidente e sócio fundador da Associação Brasileira de Cibernética e Sistemas Gerais, em 1971, participou, um ano após, do I Congresso Nacional desta entidade, na qualidade de membro efetivo.

FRANCO, Álvaro; RAMOS, Sinhorinha Maria. Panteão Médico Riograndense: síntese cultural e histórica. São Paulo: Ramos e Franco Editores, 1943, p.561

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