Natural de Lahnbach, na região do Tirol, Austria, 1865 - 14 de setembro de 1947, em Feliz (RS). Filho de Johann Georg Schlatter e Karolina Schlatter. Foi pastor de ovelhas e cabras, sapateiro, operário de estrada, servente e coroinha. No sótão do Hospital St. Vinzenz, no Vale do Rio Inn, que encontrou livros sobre medicina e passou a lê-los. Nesta época já auxiliava o médico do hospital na dissecção de cadáveres na procura da causa-mortis. Adquiriu novos livros nos quais estudou especialmente sobre cirurgias. Diplomou-se em medicina Naturalista em 1896 em Berlim. Chegou ao RS em 1898, por influência do Dr. Czermack, e se instalou na região do Vale do Taquari (RS). A convite do Intendente Júlio May transferiu-se para Lajeado (RS), auxiliar no surto de febre tifóide na Sesmaria Desterro. Posteriormente foi para Estrela (RS), e construiu um prédio “O Catelinho”, em 1905, que hoje abriga a “Casa de Cultura”. Sua especialidade era cirurgia e obstetrícia e entre 1905 e 1907 criou um curso de partos na cidade de Estrela (RS), para formação de parteiras. Ensinava seus conhecimentos com ajuda de um modelo da pelve feminina, por ele idealizado, chamado de Phantom, e de um esqueleto importado da França. Atualmente esses objetos fazem parte do acervo do Museu de História da Medicina do RS. Construiu em 1909 o Hospital Schlatter em Feliz (RS), o primeiro da região. Foi pioneiro, no país, em cirurgias de bócio. Projetou uma mesa de cirurgia portátil, que foi adotada pelo Exército Brasileiro. Casou-se com Anne Marie Meurer, e teve quatro filhos: Doris José (médico), Bruno (médico), Hedwig e Anna Francisca. SCHIERHOLT, José Alfredo. À sombra de plátanos: história da saúde do vale do Taquari. 2ª ed. Lajeado: Evandraf, 1997, p.220.
FRANCO, Álvaro; RAMOS, Sinhorinha Maria. Panteão Médico Riograndense: síntese cultural e histórica. São Paulo: Ramos e Franco Editores, 1943, p.563
MENDONÇA. Renato. Hospital Schlatter: A trajetória de Gabriel, Dóris José e Theo Tássilo. Porto Alegre: Edição independente, 2010.
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