Natural de Araranguá (SC), 17 de junho de 1882 - 29 de junho de 1966, em Porto Alegre (RS). Filho de Adão Bettiol e Leonora Salves da Silva Bettiol. Frequentou o curso primário em Florianópolis (SC) e, especializou-se em vários ofícios: curtidor, sapateiro, tipógrafo, guarda-livros e ferreiro. Como autodidata, dedicou-se ao jornalismo, à literatura e ao estudo da medicina naturalista. Aos 13 anos transferiu-se para o Rio Grande do Sul. Diplomou-se em Medicina pela Universidade Brasileira de São Paulo. De 1918 até 1930, publicou artigos nos jornais Correio do Povo e Folha da Tarde de Porto Alegre; O Viamonense de Viamão; O Semanário e A Palavra de Cachoeira do Sul. Publicou em “Passifloras Agrestes do Rio Grande do Sul'', monografia enviada à Sociedade Brasileira de Botânica no Rio de Janeiro (1929), acompanhada de preparo e desenhos do autor. Em 1932, por ocasião do 7º Congresso Científico Americano, realizado no México, apresentou a tese “A História da Civilização à Luz da Crítica''. Promoveu estudos etnográficos e antropológicos, e descobriu um crânio fóssil trepanado que denominou “O Crânio de Vila Nova” considerando a origem do homem da Lagoa Santa. Tal classificação foi confirmada pela Sociedade Arqueológica da Flórida, nos Estados Unidos. Era um estudioso das religiões e teseofista. Recebeu os seguintes títulos: Doutor Honoris Causa em Ciências Físicas e Naturais, pela Escola Livre de Engenharia do Rio de Janeiro; Membro do Instituto Histórico Geográfico do Estado do Espírito Santo; do Instituto Histórico do Estado do Mato Grosso; da Sociedade Brasileira de Botânica do Rio de Janeiro; do Instituto de Direito Humano de Paris, França, da Casa de Humberto de Campos, no Maranhão. Foi, ainda. Membro da Academia Rio-Grandense de Letras e Membro Fundador do Instituto Rio-Grandense de Letras de Porto Alegre, e, por derradeiro, foi Membro Fundador da Sociedade Pró-Ensino Racionalista. Publicou: O Batuque na Umbanda em 1963; A Umbanda Perante a Crítica e ABC de Umbanda. Participou da organização do 2º Congresso Nacional da Umbanda, realizado em 1961 no Rio de Janeiro. Casou-se com Umbelina Leal da Silva
MORAES, Gilvan Silveira. Moab Caldas: Discursos que rompem os silêncios na tribuna Sul Rio-Grandense (1958-1966). Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado do Programa de Pós-Graduação em História, Área de Concentração em História, Poder e Cultura, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM, RS), como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em História, 2017, p.71.
LAITANO, Genaro; LAITANO, Nicolau; Ruas de Porto Alegre: MÉDICOS HOMENAGEADOS com seus nomes. Porto Alegre: EST Edições, 2017. p. 209-210.
Jornal “A Federação”, Ano XXVII, 28 de maio de 1910, Nº 122, p. 4. http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=388653&Pesq=%22Jo%c3%a3o%20Alberto%20Martins%20Dahne%22&pagfis=22802 Acesso em 14 de janeiro de 2022.