Natural de Pelotas, 30 nov.1889. Falecido em Porto Alegre. Estudou no Colégio Gonzaga em Pelotas (RS). Diplomou-se em Farmácia (1910) e Medicina (1915), pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, com a tese “A trepanação craneana na epilepsia bravais-jacksoniana”. De 1913 a 1915 atuou como interno do Hospital São Francisco de Paula e médico interno e assistente da Santa Casa de Misericórdia do RJ. Especializou-se em Medicina Sanitária. De 1916 a 1920 foi da Diretoria Geral de Saúde Pública como ajudante do Médico Sanitarista. Participou também de missões médicas no Paraguai e na França, em 1918. De 1920 a 1937 atuou na Diretoria Nacional de Saúde Pública exercendo vários cargos - foi Médico Assistente da Inspetoria de Fiscalização da Medicina (1920); Médico Assistente da Inspetoria de Fiscalização de Gêneros Alimentícios (1927); Chefe de Serviço da Inspetoria de Fiscalização de Gênero Alimentícios (1927); Médico Assistente da Inspetoria de Fiscalização do Exercício da Medicina (1931); Médico Assistente da Inspetoria de Fiscalização do Exercício Profissional (1934); Médico Inspetor da Inspetoria de Fiscalização do Exercício Profissional (1934). De 1937 a 1952 atuou no Departamento Nacional de Saúde exercendo vários cargos como Médico Sanitarista; Em 1938 até 1943 foi disponibilizado pelo Governo Federal para atuar no Rio Grande do Sul como Diretor Geral do Departamento Estadual de Saúde do RS. Criou o Departamento Estadual de Saúde (DES) através do Decreto n° 7.481 de 14 de setembro de 1938 e ampliou os serviços de higiene regional. Reformou os serviços sanitários no Estado e concretizou o sistema distrital de saúde, que foi iniciado pelo Dr. Fernando Freitas e Castro, composto de Posto de Higiene e Centro de Saúde em todo RS. Em meados de 1943 tornou-se Diretor da Divisão de Higiene do Instituto Oswaldo Cruz. Em 1952 passou a ser Secretário da Seção de Segurança Nacional do Ministério de Educação e Saúde. Empreendeu uma luta pioneira pela melhoria do meio ambiente e das condições de higiene da população, visando a uma melhoria na saúde pública, deixando como legado a sua intensa luta a favor da melhoria da saúde pública para os gaúchos. Participou de muitos congressos e viagens de estudos que incluíram o nordeste do país, o Paraguai e a França. Publicou: “A luta contra a tuberculose no Rio Grande do Sul", discurso de encerramento do 2º Congresso Nacional de Tuberculose, realizado em Porto Alegre; muitos trabalhos científicos e de divulgação de conhecimentos de higiene e saúde pública para a população. Casou-se com Arminha Ávila da Costa, com quem teve cinco filhos: Paulo, João Marcos, Maria de Lourdes, Roberto e Teresa.
BRUM, Cristiano Enrique de. O “interventor da saúde”: trajetória e pensamento médico de Bonifácio Costa e sua atuação no Departamento Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul (1938-1943). Dissertação apresentada como requisito para obtenção do grau de Mestre em História pelo Programa de Pós-Graduação em História da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS), São Leopoldo, 2013.
FRANCO, Álvaro; RAMOS, Sinhorinha Maria. Panteão Médico Riograndense: síntese cultural e histórica. São Paulo: Ramos e Franco Editores, 1943, p. 498.