COUTINHO, Mário Ferreira

Natural de Pelotas (RS), 15 de maio de 1923 - Porto Alegre (RS), 05 de jul. de 2012. Filho Amarantho Paiva Coutinho, médico, e de Josefina Ferreira Coutinho. Fez o curso primário no Colégio Félix da Cunha e o curso secundário no Ginásio Pelotense, ambos em Pelotas (RS). Em 1939, transferiu-se para o Rio de Janeiro a fim de estudar Medicina. Entre os anos de 1939 e 1940 fez o Pré-médico no Colégio Universitário do Ministério da Educação (RJ). Formou-se em Medicina pela Faculdade de Medicina da Praia Vermelha da Universidade do Brasil (RJ), atual UFRJ, em 12 de dez. de 1946. Foi interno da Enfermaria do Hospital São Francisco, onde trabalhava o Professor Dr. Abraão Ackerman que o orientou no aprendizado sobre Neurologia. A convite do Dr. Ackerman foi trabalhar com o Dr. José Ribe Portugal, neurocirurgião do Instituto Neurologia da Universidade do Brasil. Em 1947 foi escalado para dar algumas aulas sobre Traumatismo Crânio-Encefálico, no Instituto de Neurologia da Universidade do Brasil, para a nova turma de doutorandos. Também participou de cirurgias como auxiliar do Dr. Portugal, tanto no Instituto de Neurologia como na Beneficência Portuguesa do Rio de Janeiro. Retornou ao RS, em 1954, estabelecendo-se em Porto Alegre, o Professor Décio Martins Costa, convidou-o para organizar o serviço de Neurologia e Neurocirurgia infantil no Hospital da Criança Santo Antônio, em janeiro de 1954. No ano de 1956, organizou o Serviço de Neurologia e Neurocirurgia do Hospital de Pronto Socorro Municipal (HPS) de Porto Alegre (RS), onde trabalhou por mais de trinta anos. Em 1960, foi convidado para organizar o Serviço de Neurologia e Neurocirurgia do Hospital da Beneficência Portuguesa de Porto Alegre. Em 1962, organizou o Serviço de Neurocirurgia do Hospital Divina Providência, em Porto Alegre. Em 1963, foi convidado para reger a cátedra de Neurologia da Faculdade de Medicina de Pelotas (RS). No ano de 1973 participou, como professor convidado, das atividades do Serviço de Neurocirurgia do Professor Frowein, na Colónia, Alemanha, por um ano. Em 1975, por Concurso Público passou a atuar como Professor de Neurocirurgia da Faculdade Católica de Medicina de Porto Alegre, atual (UFCSPA); e em 1976 defendeu tese de Livre Docência em Neurocirurgia na mesma Faculdade e, a tese de Livre Docência em Neurologia na Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL). Participou da fundação e de todos os Congressos da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia até o ano de 1982. Foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Neurocirurgia. Desde 1954, pertence à antiga Sociedade de Neurologia e Psiquiatria do RS, fundada em 1938. Esta sociedade foi dividida em 1973 formando a: Sociedade de Psiquiatria do RS e Sociedade de Neurologia e Neurocirurgia do RS. Participou como Tutor dos Estágios de Aperfeiçoamento dos jovens Neurocirurgiões do Brasil (Métodos Modernos em Neurocirurgia), no Serviço do Professor Dr. Mario Brock, em Berlim, na Alemanha, nos anos de 1985, 1987 e 1989. Foi ainda membro fundador da Academia Sul-riograndense de Medicina, ocupando a cadeira nº 27, e escolheu como seu patrono o Dr. Frederico Ritter, neurologista formado em Breslau com Föerster. Publicou mais de 100 trabalhos científicos em revistas nacionais e internacionais. Em 1990, aposentou-se da Faculdade de Medicina da UFPEL e em 1993, da UFCSPA. Continuou a dar aulas no Curso de pós-graduação de Cirurgia da UFCSPA, tendo mantido suas atividades nos Hospitais de Beneficência Portuguesa de Porto Alegre e da Criança Santo Antônio até o início de 2009. Casou-se com a médica Mina Chalfin, com a qual teve quatro filhos: José Bernardo Coutinho, Maurício Chalfin Coutinho, Sonia Chalfin Coutinho e Maria Chalfin Coutinho. Após a morte de sua primeira mulher, casou-se com Lígia Maria Barbosa Coutinho, médica, com a qual teve uma filha: Elisa Barbosa Coutinho.