Natural de Aldeia dos Anjos, atual Gravataí (RS), 29 mar. 1862 – S. Leopoldo (RS), 20 mar. 1939. Filho de Manoel Inácio Dutra e Justina Inácia de Jesus Fialho Dutra. Estudou no Colégio N. S. Conceição, em São Leopoldo (RS). Formou-se em Medicina pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 1887, com a tese “A Medicina na Alopatia”. Atuou como médico em São Leopoldo (RS). Abandonou cedo a profissão para se dedicar por inteiro aos estudos de Botânica, ciência em que adquiriu renome internacional. Propagandista da República. Seus trabalhos de classificação e identificação das espécies vegetais serviram de base para cientistas de todo o mundo. Introduziu na região de São Leopoldo (RS) diversas espécies exóticas, entre elas, uma árvore de Ginkobiloba. Possuía uma chácara, a Quinta São Manoel, localizada onde hoje é o bairro São José, junto ao arroio Kruze. Em 1918, durante a crise sanitária causada pela gripe espanhola, voltou a clinicar por curto período para auxiliar no tratamento aos enfermos. O Herbário Municipal Dr. João Dutra, localizado junto ao Parque Imperatriz Leopoldina em São Leopoldo (RS), leva seu nome em sua homenagem. Publicou: "A flora pteridófita do Rio Grande do Sul", obra póstuma, sep. da Reunião Sul-Americana de Botânica, 1. Anais, Rio de Janeiro, tip. Jornal do Comércio, v.2, 1940. "As árvores do Rio Grande do Sul", em colaboração com Hermann von Ihering, Anuário do RS, P. Alegre, edições de 1892 e 1900; id, 2.ed., Revista do Arquivo Público do RS, id, n. 21, dez. 1928. "Relação científica de árvores brasileiras", Anuário do RS, id, edições de 1902 a 1910. "As árvores do Rio Grande do Sul", trabalho homônimo ao de 1892 e 1900, mas de sua exclusiva autoria, ibid, edições de 1906 a 1910. Inédita: Filicíneas do Rio Grande do Sul, estudo botânico.
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