Natural de Pelotas (RS), 22 de dezembro de 1900 - 8 de outubro de 1971, em Pelotas (RS). Filho de Manoel Valente da Costa Leite e de Maria Cecília Olivé Leite. Iniciou seus estudos em Pelotas (RS) e logo se transferiu para o Rio de Janeiro, estudou no Ginásio Anglo-Brasileiro e do Colégio Pedro II. Diplomou-se em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade do Rio de Janeiro, em 1927, defendendo a tese “Localização da tuberculose Pulmonar e Vias de Infecção”. Especializou-se em Clínica Médica, Doenças Mentais, Psiquiatria e Cardiologia. Fez curso no Instituto de Psiquiatria do Rio de Janeiro em 1941 e de Cardiologia e Eletrocardiografia no Instituto de Cardiologia da Municipalidade de São Paulo. Participou do 1° Congresso Médico da Fronteira, em Santana do Livramento, em 1941. Foi diretor do Sanatório Henrique Roxo, exercendo as funções de chefe do Serviço de Doenças Infecto-Contagiosas da Santa Casa de Misericórdia de Pelotas. Foi inspetor federal de Ensino Superior junto à Faculdade de Farmácia e Odontologia e foi presidente da Sociedade de Medicina de Pelotas (RS). Fundou a Clínica Olivé Leite logo após a Revolução de 1930. A Clínica passou a ser o primeiro hospital do interior do RS especializado em Psiquiatria, o segundo do gênero no Estado e o quarto não governamental no país. Era um entusiasta da instalação de faculdades de Filosofia e de Medicina. Participou ativamente dos esforços para a criação da Faculdade de Medicina da Universidade Católica de Pelotas (RS), junto com o bispo Dom Antônio Zattera, Joaquim Assumpção Osório e outros pioneiros. Foi escolhido como o 1º diretor da faculdade e não mediu esforços para viabilizá-la. Aproveitou médicos destacados da cidade e foi buscar em outros centros no Brasil e no exterior professores para qualificar o corpo docente da nova faculdade. Foi assim que veio de Belo Horizonte o professor Moacir Vitorino Jardim para instalar o Departamento de Morfologia. Do exterior chegaram os professores Giovanni Barufa da Universidade de Padova e José Ignácio de Ispizua y Uribarri da Universidade de Madri. O professor Mário Brum Braga transferiu-se para Pelotas em função da faculdade e lá compareceram para dar aulas os professores Tuiskon Dick, Nelson Aspezzi e Clóvis Bopp. A Santa Casa de Misericórdia de Pelotas foi o hospital escola, bem como da Clínica Olivé Leite para apoio ao ensino da Psiquiatria. A Clínica Olivé Leite passou a ser um hospital de ensino reconhecido pelo Ministério da Educação, servindo como hospital escola para as duas Faculdades de Medicina de Pelotas (RS), bem como, para o curso de enfermagem e de formação de pessoal especializado na assistência psiquiátrica. Nela funcionava a residência em Psiquiatria da Faculdade Federal de Pelotas. Serviu de sede para o Núcleo para Pesquisa em Saúde Mental e Informática Aplicada, coordenado pelo Dr. Fábio Gastal Olivé. Os avanços obtidos e a inserção na comunidade levaram a Clínica Olivé Leite a receber nos anos de 1996 e 1997 o Prêmio Qualidade Total RS. Dentre seus trabalhos publicados, destacam-se: Vias De Infecção e Localização da Tuberculose Pulmonar; Convulsoterapia na Esquizofrenia e Psicoses Toxi Infecciosas. É patrono da cadeira 26 da Academia Sul-Rio-Grandense de Medicina que tem como titular a professora Dra. Themis Reverbel da Silveira. Casou-se com Lacy Soares Leite, com quem teve os filhos Fany, Vanisa e Sérgio.
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