Natural de Pelotas (RS), 8 de agosto de 1887 e 1945, em Santa Maria (RS). Fez os primeiros estudos no Ginásio Gonzaga, em sua cidade natal. Concluindo seus estudos, matriculou-se na Faculdade de Medicina de Porto Alegre, onde cursou a primeira série, transferindo-se para a Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Em 1911 defendia tese intitulada “Da viscosidade do sangue, contribuição ao seu estudo na paralisia geral”, que foi aprovada com distinção. Retornou para o Rio Grande do Sul depois de formado, fixando residência em Santa Maria, onde exerceu as atividades profissionais integrando o corpo médico do Hospital de Caridade. Realizou viagens de estudos a Paris, Berlim e Viena, tendo relações com médicos de renome como Dieulafoy, Vidal, Von Eiselsberg e Willem Schauta, através dos quais aprimorou seus conhecimentos, principalmente nas áreas de neuropsiquiatria e parasitologia. Sempre buscando se atualizar na ciência médica, o primeiro aparelho de raio x de Santa Maria funcionou em sua residência. Membro fundador da Sociedade de Medicina de Santa Maria e redator dos Anais da mesma sociedade, onde publicou vários trabalhos, entre eles “Sobre um caso de infestação humana de dipylidium Caninun”. “Doenças de Franke!”; “Um caso de triscoporidiose”; “Pediatria Hortai”; “Sífilis variceliforme ou varicela sifilítica”; Complicações no decurso da Varicela”; “Confusão Mental curada com pulsão Lombar”; “Endocartide Lenta” e “Blastocytis hominis”, entre outros. Foi um dos fundadores da Faculdade de Farmácia (1931) e Odontologia de Santa Maria, organizada sob os auspícios da Sociedade de Medicina da cidade. Em colaboração com seu irmão José Mariano da Rocha, também médico, instituiu na Sociedade de Medicina de Santa Maria (1935) o prêmio que leva o nome do irmão e que oferece medalha de ouro e diploma. Casou-se com Iriema Borges Pires.
FRANCO, Álvaro; RAMOS, Sinhorinha Maria. Panteão Médico Riograndense: síntese cultural e histórica. São Paulo: Ramos e Franco Editores, 1943, p. 529.